quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

...volúpia...



É o convite que te lanço, 
É a voz que me responde, excitante.
É a urgência de um querer inebriante,
A intenção duma brincadeira lúbrica.

São as tuas mãos que, lentas, me percorrem,
Sou eu, exposta ao sabor do teu desejo,
É o meu sangue que pulsa quando vejo
A espada que as tuas vestes não escondem.

São os beijos nos mamilos a causar
A nascente que se forma no meu centro.
São os teus dedos moldando por dentro
A rosa que se abre para te saudar.

É a língua com que me provas, buscando
A polpa do meu fruto permitido
São as coxas que libertas do vestido
E a volúpia com que segues explorando.

É o teu sexo roçando a minha pele
O erotismo com que me brindas a boca
A pujança forte e doce que me toca
Quando na minha taça derramas o teu mel.

É o grito de guerra que deflagra
Num assalto à roupa desarmada
É o instante da minha ânsia penetrada
É a onda de prazer que se propaga.

É o fogo promissor de um orgasmo
A sede com que sorvo a tua seiva
O calor da labareda quente e meiga
O teu archote comungando o meu espasmo.


( sofia champlon de barros )

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